O Brasil desenvolveu uma tabela que servirá de referência para saber se o recém nascido está com o peso adequado ou não.
Para saber se o peso do bebê é adequado ou não, o Brasil lançou uma tabela – que até então nos baseávamos pela tabela americana - em parceria com a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) para se ter uma referência para os recém nascidos brasileiros.
A ideia inicial dos pesquisadores era delimitar os reais riscos para crianças que nascem com o peso abaixo do que é considerado normal. No desenrolar da pesquisa, deram-se por conta que não existia um padrão brasileiro para isso.
Para criar a tabela, foi recolhida informações de 8 milhões de crianças nascidas do banco de dados do SUS, entre os anos de 2003 e 2005. A tabela anterior americana, utilizada anteriormente era da década de 60, com dados de apenas 5 mil bebês.
Para uma grávida de 40 semanas, o estudo realizado pelos pesquisadores da UFRJ e da UFF, aponta que uma criança pode chegar a ter até quatro quilos, medida considerada elevada para a tabela americana.
Agraciado no ano passado com o Prêmio Nicola Albano, da Sociedade Brasileira de Pediatria, o estudo conta com nove faixas de dados conforme o sexo e o período de gestação. Mesmo que a pesquisa conte com nascimentos ocorridos em todo o Brasil, a próxima etapa será a segmentação dos dados por regiões.
É uma etapa que já está em andamento, para verificar se há necessidade de criação de tabelas específicas conforme o Estado ou a região de nascimento do bebê.
Padrões desenvolvidos especificamente para uso no Brasil são necessários porque, como explica a obstetra Sylvia Porto, as pesquisas internacionais ou com poucos casos analisados não refletem com precisão as características genéticas da população brasileira.
Fonte: Zero Hora
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